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Pilares do aprendizado

Foto por Anna Sullivan em Unsplash

Partindo dos 4 pilares do aprendizado de Dehaene (2021) como base, estabelecemos algumas relações entre os processos avaliativos e como o nosso cérebro aprende.


O uso do termo pilar se dá pela importância de cada um destes processos nos processos de aprendizagem: se um dos pilares estiver abalado, todo o processo de aprendizagem pode ser impactado.


Abaixo você encontra um breve resumo dos pilares, e os links para as páginas com maiores detalhes.

1 Atenção

O cérebro não tem necessidade nem capacidade de processar todas as informações que chegam a ele (CONSENZA; GUERRA, 2011).


Sendo assim, por meio dos processos atencionais nossos cérebros estão sempre escolhendo quais informações presentes no ambiente processamos ou não — daí a importância de entender estes processos e suas relações com as práticas avaliativas.

2 Envolvimento ativo

Dehaene (2021) cita que diversos estudos convergem para a ideia de que organismos passivos aprendem pouco, ou até mesmo nada!


Aprendizagem eficiente está intrinsicamente relacionada à geração ativa de hipóteses e a validação que acontece no mundo real — e é por este motivo que pensar em práticas que colocam o estudante no centro e, consequentemente, requerem diferentes formas de avaliação, se faz tão importante.

3 Feedback de erros

Segundo a Education Endownment Foundation, o feedback — a informação que é dada ao desempenho do estudante em relação aos objetivos de aprendizagem — é uma ferramenta/ação de baixo custo e grande impacto na melhora da aprendizagem, suportada por diversas evidências científicas.


Dentre os pilares do aprendizado, talvez o feedback seja o mais conectado às práticas avaliativas, principalmente no contexto da avaliação formativa.

4 Consolidação

Processos cerebrais que demandam um alto consumo de energia por conta do esforço, atenção e controle executivo consciente, aos poucos desaparecem conforme a aprendizagem é consolidada, o que torna os processos mais automáticos e libera recursos do nosso cérebro que podem ser utilizados em outros processos (DEHAENE, 2021).


Grande parte do processo de consolidação depende do sono, algo que é um pouco distante dos processos avaliativos, mas quando pensamos nas relações entre consolidação e memória temos algumas oportunidades de apoiar na consolidação baseadas na ciência da aprendizagem — mais especificamente na prática de lembrar.

Emoção e metacognição

Apesar de não fazerem parte dos 4 pilares do aprendizado de Dehaene, a emoção e a metacognição são temas recorrentes em discussões sobre aprendizagem na escola, e por terem uma importante e comprovada atuação na aprendizagem, ganham também seu lugar de destaque.

5 Emoção

As emoções podem facilitar a aprendizagem, mas o estresse tem efeito contrário (CONSENZA; GUERRA, 2011).


Esta citação tem uma relevância enorme para o contexto da avaliação na escola que, infelizmente, na maioria das vezes ainda é relacionada a períodos de altos níveis de estresse entre estudantes e professores.


Por este motivo, saber mais sobre a relação emoção/aprendizagem e entender como os processos avaliativos podem impactar esta relação é de suma importância.

6 Metacognição

Assim como o feedback, abordagens que envolvam metacognição (e autorregulação) são apontadas como iniciativas de baixo custo e grande impacto na melhora da aprendizagem, suportada por diversas evidências científicas (Education Endownment Foundation).


A metacognição — conjunto de sistemas cognitivos que monitoram nossos processos mentais (DEHAENE, 2021) — tem uma forte relação ao processo de aprender a aprender, e pode ser trabalhada, dentre outras formas, por processos autoavaliativos.

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