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Atenção

Foto por redcharlie em Unsplash

Manter os alunos prestando atenção nas aulas e atividades é um dos grandes desafios que professores enfrentam diariamente. Ainda que seja um conhecimento muitas vezes empírico, em geral educadores entendem (ou sentem) que há uma relação entre atenção e aprendizagem.


A atenção é que nos permite selecionar o estímulo a ser processado, filtrando aquele que é mais relevante e, por isso, pode ser considerada a porta de entrada para a aprendizagem (AMARAL; GUERRA, 2023). Se não prestamos atenção, nosso cérebro não registra a informação, e assim ela não pode ser arquivada e nem aprendida.


Nós prestamos atenção no que é relevante e significativo — o que varia de pessoa para pessoa, mas em geral tem a ver com nosso contexto, com aquilo que tem relação com conhecimentos prévios, que esteja alinhado às nossas expectativas e que seja estimulante/agradável (COSENZA; GUERRA, 2009).


Bons processos avaliativos podem ajudar no pilar da atenção tornando as experiências de aprendizagem mais significativas para os estudantes.


Por uma perspectiva mais global, a ideia da avaliação — principalmente a formativa — é relacionada à ideia de monitorar, acompanhar estudantes e seus processos de aprendizagem. Quando bem realizada e integrada ao processo instrucional, é esperado que estudantes vivenciem experiências mais alinhadas aos seus conhecimentos e expectativas.


As avaliações diagnósticas , que ocorrem antes ou no início de uma unidade (sequência didática, trilha de aprendizagem, etc.), tem como objetivo não só o levantamento de conhecimentos prévios dos estudantes, como também pode ser utilizada para mapear interesses, potências e preferências da turma — o que pode ajudar no planejamento de aulas que levam em consideração o perfil dos estudantes.

Diálogos com a neurociência

Mesmo com bilhões de células e trilhões de sinapses, nosso cérebro não é capaz (e nem tem a necessidade) de processar todas as informações que chegam a ele por meio das vias sensoriais — e é por meio da atenção que ele filtra quais destas informações serão ou não processadas (COSENZA; GUERRA, 2009).


Dessa forma, quando os estudantes não estão prestando atenção nas informações relevantes, é muito improvável que ele esteja aprendendo algo relacionado aos objetivos de aprendizagem intencionados pela escola/professores.


Sustentar a atenção (se concentrar), inibindo estímulos distratores até que a pessoa seja capaz de alcançar seu objetivo — o que é chamado de atenção executiva (COSENZA; GUERRA, 2009) — é uma habilidade que se desenvolve ao longo do tempo e acompanha o processo de maturação do córtex pré-frontal e, como acontece com outros circuitos cerebrais por conta da neuroplasticidade, é possível impactar esse desenvolvimento por meio de treinamento e educação (DEHAENE, 2021). Ainda que essa linha de ensinar alguém a se concentrar possa fazer sentido para ajudarmos os estudantes, outro caminho possível (descrito acima) é entender o que torna algo relevante ou significativo — e portanto, digno de atenção — para cada pessoa.


É importante também destacar que circuitos neurais relacionados às áreas que processam a emoção e a motivação atuam sobre circuitos pré-frontais e parietais, responsáveis pelo foco atencional (AMARAL; GUERRA, 2023) — por esse (e outros motivos) o olhar atento às questões emocionais e à motivação dos estudantes é relevante para a aprendizagem.


Princípio

A atenção é a porta de entrada para a aprendizagem

🚧 Pílulas em desenvolvimento. Em breve elas estarão funcionando :)


Princípio

Prestamos atenção no que é relevante e significativo para nós

🚧 Pílulas em desenvolvimento. Em breve elas estarão funcionando :)

Em sala de aula

No momento da avaliação diagnóstica , é possível realizar o levantamento tanto do conhecimento prévio dos estudantes como de seus interesses — dados importantes para o planejamento de experiências de aprendizagem mais relevantes e significativas, com a intencionalidade de capturar a atenção dos estudantes.


Para o levantamento de conhecimentos prévios, podemos utilizar algumas práticas e ferramentas como o quiz, as rotinas de pensamento, ou a matriz SQA (ver pílulas abaixo).


Além do levantamento de conhecimentos prévios, em geral já vinculado aos objetivos de aprendizagem almejados pela unidade ou trilha que está para começar, podemos também realizar um levantamento de interesses que não necessariamente tem um vínculo direto (ou óbvio) com os objetivos, mas que podem servir de ideias para abordarmos os objetivos por uma perspectiva diferente levanto em consideração os interesses da turma.


Ao longo do processo, nas avaliações formativas , podemos também utilizar quizzes e testes, mas é válido também pensar em outras práticas que podem trazer um dado mais qualitativo de monitoramento, como as rotinas de pensamento e bilhetes de saída, que podem ser úteis inclusive para entendermos quais as compreensões que os alunos estão construindo.


Prática

Quiz

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Prática

Matriz SQA (Sei, Quero saber, Aprendi)

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Prática

Rotinas de pensamento

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Prática

Levantamento de interesses

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Prática

Bilhetes de saída

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Diferenciação

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